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segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Árvore da Vida

Segundo a Bíblia, a Árvore da Vida é uma das duas árvores especiais que Deus colocou no centro do jardim do Éden. A outra é a "Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal", de cujo fruto, Eva, e depois Adão, acabaram por comer por influência de uma serpente.


Maiores detalhes sobre esta árvore são muito escassos no texto bíblico. Refere-se apenas a sua localização central no Jardim do Éden e que o primeiro casal humano foi impedido de alcançar esta árvore após terem desobedecido ao mandamento divino. Foram assim expulsos desse jardim ou paraíso original. Como forma de impedir que tanto Adão e Eva, como provavelmente a sua descendência voltassem a entrar no Jardim, e consequentemente tomarem dos frutos da Árvore da Vida, a Bíblia refere que Deus colocou criaturas sobre-humanas, designadas por querubins, que possuíam uma espada de fogo que se revolvia continuamente.

Segundo o relato bíblico, esta árvore já havia sido colocada no jardim antes da criação do primeiro homem, Adão. Muitos comentaristas afirmam que esta árvore não possuiria qualidades intrinsecamente vitalizadoras nos seus frutos, mas seria um símbolo representativo da garantia de vida eterna, da parte de Deus, para aqueles a quem Ele permitisse comer do fruto dela. Visto que Deus colocou essa árvore ali, crê-se que o objectivo seria permitir a Adão que comesse do seu fruto, talvez após ficar provada a sua fidelidade ao ponto que Deus julgasse satisfatório e suficiente. Quando Adão desobedeceu, foi-lhe cortada a oportunidade de comer daquela árvore, impedindo-o a ele e à sua descendência de alcançar a vida eterna.

Outro ponto de vista aponta para o fato de que Deus já permitia que Adão e Eva comessem do fruto da árvore da vida, pois foi dito:
"E Jeová Deus deu também esta ordem ao homem: “De toda árvore do jardim podes comer à vontade," (Gênesis 2:16), com exceção de uma, a do conhecimento do bem e do mal. Isso implica que eles já podiam comer o fruto da árvore da vida sem aguardar autorização posterior. Aceitando esse raciocínio, era o fruto literal da árvore que garantia a vida eterna.


A Bíblia faz referência direta a esta árvore apenas no primeiro e no último livro:
"Jeová (Deus) fez assim brotar do solo toda árvore de aspecto desejável e boa para alimento, e também a árvore da vida no meio do jardim e a árvore do conhecimento do que é bom e do que é mau." (Gênesis 2:9)

" E Jeová Deus prosseguiu, dizendo: “Eis que o homem se tem tornado como um de nós, sabendo o que é bom e o que é mau, e agora, a fim de que não estenda a sua mão e tome realmente também [do fruto] da árvore da vida, e coma, e viva por tempo indefinido” Com isso, Jeová Deus o pôs para fora do jardim do Éden para lavrar o solo de que tinha sido tomado. E expulsou assim o homem, e colocou ao oriente do jardim do Éden os querubins e a lâmina chamejante duma espada que se revolvia continuamente para guardar o caminho para a árvore da vida. (Gênesis 3:22-24).

No último livro da Bíblia, o Apocalipse ou Revelação, ao se mencionarem sete cartas enviadas por Jesus Cristo a igrejas ou congregações em sete cidades, faz-se a seguinte referência concernente aos cristãos em Éfeso:

Quem tem ouvido ouça o que o espírito diz às congregações: Àquele que vencer concederei comer da árvore da vida, que está no paraíso de Deus.’ (Revelação [Apocalipse] 2:7).

Apesar de não terem associação com esta árvore do Jardim do Éden, existem outras referências simbólicas a árvores frutíferas, de folhas curativas, mencionadas nas visões registadas por Ezequiel e por João, em Ezequiel 47:7, 12 e Revelação 22:2, 14.

No livro de Provérbios surge a expressão "árvore de vida" associada com a verdadeira sabedoria, com os frutos do justo, com a realização de uma coisa desejada, e com a calma da língua (Provérbios 3:18; 11:30; 13:12; 15:4).

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